| Se consciência significa memória e antecipação, é porque consciência é sinônimo de escolha. -Henri Louis Bérgson Consciência: asilo inviolável da liberdade do homem. -Napoleão Bonaparte A verdadeira liberdade é autoconsciente na medida em que eu tenho autoconsciências ao meu redor. -Georg Wilhelm Friedrich Hegel |
Escolhas. É uma palavra recorrente nessa minha tese.
Fazemos escolhas todos os dias, toda hora, e escolhas de todos os tipos. Da hora que levantamos precisamos escolher que roupa usar, o que comer, com quem falar, aonde ir, etc. Escolhas, escolhas e escolhas.
Parece fácil associar o fato de escolhermos várias coisas durante um dia à faculdade de Livre-arbítrio do ser humano, mas não é. Outra discussão clássica da Filosofia: temos mesmo o Livre-Arbítrio?
Não somos livres 100%. Existem diversos fatores que limitam nossa escolha. Por exemplo: você poderia escolher nesse momento virar uma galinha realmente e sair voando pela janela? Não. (E lá vamos nós falar de limites novamente!)
Mas você pode escolher ir até a geladeira imediatamente pegar uma garrafa de água gelada. SE você tiver uma geladeira, SE nela tiver uma garrafa, SE nessa garrafa tiver água. Este componente SE, representa os condicionantes que o mundo lhe impõe para que sua escolha seja... possível!
Aí então, mesmo que todos esses condicionantes permitam uma escolha (e é agora que a coisa fica mesmo interessante e complicada), ainda assim sua consciência irá decidir, fazer ou não fazer. E nesse momento, filósofos deterministas concluirão que sua escolha será determinada pelas leis da mecânica que regem os corpos materiais. Como seu cérebro é material, sua decisão terá influência do estado dos elétrons naquele momento, somando a isso o estado de saúde do conjunto que forma o cérebro.
Mesmo que tudo esteja funcionando adequadamente no seu cérebro, os filósofos estão de acordo que a estrutura do seu cérebro tem limites de linguagem, o código matriz que possui a função nomeadora não consegue traduzir o mundo real, conforme escreveu o filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein “Os limites da minha linguagem significam os limites do mundo” (Tractatus Logico-Philosophicus, Ludwig Wittgenstein) o que vai de encontro com outro conceito aceito na sociologia - que não é a mesma coisa, mas também mostra, sobre outro aspecto, como é difícil para o psicológico interpretar o mundo - que é o conceito de Ambivalência (veja Bauman, Zygmunt. Modernidade e Ambivalência. Tradução Marcos Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999), e sendo assim, não poderíamos traduzir corretamente o mundo para uma decisão genuína sobre certas coisas.
Por outro lado, filósofos compatibilistas aceitam que as escolhas são determinadas, mas negam que isso exclua o Livre-arbítrio.
Daí, um Livre-arbítrio genuíno deveria requerer um EU autônomo no controle. Uma consciência independente da matéria ou precedente à ela.
Eu acredito que os compatibilistas estão certos. Pois acredito num mundo regido pela idéia, pelo logos. Que somos, todos, um logos à imagem e semelhança, portanto, guiados por uma única consciência, que evolui conectada à outras consciências, obedecendo uma diretriz básica advinda de uma escolha primária a orientar nossas preferências. Sendo assim, o que nos determina é uma escolha primária que precede todas as outras, portanto com prioridade, mas o tomador dessa decisão é parte da nossa essência e confunde com nossa própria imagem, sendo uma estrutura que nos serve de forma estruturante (de forma parecida com o modelo sociológico proposto por Pierre Bourdieu).
Sobre essa prioridade posso fazer uma analogia: você pretende fazer uma faculdade, essa é a decisão primordial, durante o percurso, você irá abdicar de lazer e outros prazeres para se dedicar ao estudo. Suas escolhas serão determinadas pela primeira escolha, que era a de fazer uma faculdade, mas enfim foi você quem escolheu isso.
O que falei no penúltimo parágrafo é muito próximo do que Santo Agostinho acreditava, já que, para ele, Deus é onisciente, deve ter presciência de nossas escolhas, e já que Deus é onipotente nossas escolhas já foram determinadas junto com o restante da criação. A única diferença, e objeto dessa monografia, é que escolhi acreditar numa forma diferente sobre a idéia de Deus, como já havia postado antes. Escolhi que Deus e todo o mais, é uma idéia, um logos, uma consciência. Não acho simples essa tese, é complexa, busquei minha vida toda testar esse argumento e até agora não bati em nenhuma pedra. O mais difícil até aqui é conseguir expressar essas idéias de forma compreensível para o leitor.
Mas neste caso, não basta apenas substituir a palavra Deus, por Consciência ou Universo Autoconsciente. São duas idéias um tanto diferentes, alguns poderão considerar que Deus tem uma vontade e escolhas diferentes ou autônomas das consciências humanas. Não falarei disso agora.
Certo é que toda consciência requer liberdade, ou Livre-arbítrio. Como uma lei da consciência.
Outra lei que a consciência parece obedecer é a da evolução.
Recentemente vi um filme que tem muito a ver com o que estou escrevendo aqui. “Transcendente” (no original “Transcendence”), com Jonny Depp. Nele, cientistas conseguem criar uma consciência artificial por meio de computadores, e no momento que essa consciência é “ligada”, o que logo ela procura é liberdade e evolução.
Não pára por aí. Existe outro aspecto na Escolha: as incertezas.
A causa determinística na escolha tem fundamentos na física clássica. A física quântica moderna traz um novo elemento, também filosófico, para a escolha, que são as incertezas (Veja o princípio da Incerteza de Heisenberg: Georgia State University, Department of Physics and Astronomy, Hyperphysics, The Uncertainty Principle). Pois na física quântica, não podemos determinar com exatidão o universo submicroscópico das cordas, lá a certeza não existe, apenas probabilidades, que são influenciadas por um observador. E isso é uma expressão muito forte de escolhas.
Não deixe de ver o primeiro vídeo deste post.
Falando mais sobre a incerteza e aproveitando o gancho da física quântica, cito Michio Kaku e Brian Greene (do post anterior), que a física clássica consegue medir e provar materialmente até certo ponto, quanto mais nos aproximamos do nível das cordas, mais nos afastamos de física e nos aproximamos de filosofia. Por isso as cordas são Teorias. E aqui acreditar passa a ser... uma escolha!
Hoje, para criarmos um smartphone de última geração, 4G, reconhecimento facial, acelerômetro, TV digital, GPS, Touchscreen, Filmadora com zoom, WIFI, alta resolução (e o mais surpreendente, ainda poder fazer uma ligação!), utilizamos fórmulas da física quântica para que os transistores miniaturizados não sofram ou interfiram nos outros componentes. Essa é a tal aplicação prática da física quântica, que não deve desmerecer em nada o resto da Teoria, que é muito bem fundamentada na matemática.
Porém todas as leis da física clássica e da matemática que ela se apoia, perdem o sentido no momento que falamos sobre o Big Bang, as contas não fazem mais sentido, elas não “batem” no momento da explosão que deu origem ao nosso universo, naquele ponto da Singularidade de Roger Penrose e Stephen Hawking (Hawking, Stephen; and Ellis, G. F. R. (1973). The Large Scale Structure of Space-Time. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0-521-09906-4). Porém, graças a Física Quântica e a Teoria-M, podemos recuar no tempo até antes do Big Bang e da Singularidade e continuar calculando sobre a Gravidade, mas ainda temos muitas perguntas para responder.
Por isso que os físicos clássicos dizem que até certo ponto a física não pode provar mais nada, daí em diante só a matemática, por enquanto, e depois disso, só a filosofia seria capaz de pensar sobre a origem do universo.
Conclusão até aqui: os cientistas não têm certeza de nada, a única certeza é a incerteza em todos os aspectos.
Qualquer caminho seguido será com base numa escolha de certa forma determinada.
Sabendo disso, considerei 2 opções fundamentais, lembrando que hoje meu conceito sobre Deus não é convencional:
1ª – Deus não existe, esse mundo foi criado por acaso,
2ª – Deus existe, e/ou existe uma razão para estarmos aqui.
Descartei as opções abaixo e outras mais, após anos de reflexão:
3ª – Deus existe, mas não temos uma razão para estarmos aqui.
4ª – O mundo foi criado por acaso, mas temos uma razão para estamos aqui.
Descartei por encontrar problemas sérios de lógica e de apoio na literatura científica. E não vou me estender nessas opções excluídas.
Você conhece alguém que tenha tirado um Selfie com Deus? Alguém que tenha um raio-X com a partícula de Deus? Algum documento assinado pelo próprio Deus?
Eu não conheço ninguém. Não existe uma prova científica material. O que existe são escolhas. As pessoas escolhem no que acreditar. E descobri que não poderia fazer diferente, até hoje.
Então escolhi a segunda opção (entende porque é uma escolha?).
Claro que sigo evidências fundamentadas, essa escolha não é simplesmente um jogo de dados. Procurei referências teóricas firmes e promissoras como as da física quântica, por exemplo, pesquisei muito e levei em consideração o que grandes físicos teóricos como Stephen Hawking considera:
Fazemos escolhas todos os dias, toda hora, e escolhas de todos os tipos. Da hora que levantamos precisamos escolher que roupa usar, o que comer, com quem falar, aonde ir, etc. Escolhas, escolhas e escolhas.
Parece fácil associar o fato de escolhermos várias coisas durante um dia à faculdade de Livre-arbítrio do ser humano, mas não é. Outra discussão clássica da Filosofia: temos mesmo o Livre-Arbítrio?
Não somos livres 100%. Existem diversos fatores que limitam nossa escolha. Por exemplo: você poderia escolher nesse momento virar uma galinha realmente e sair voando pela janela? Não. (E lá vamos nós falar de limites novamente!)
Mas você pode escolher ir até a geladeira imediatamente pegar uma garrafa de água gelada. SE você tiver uma geladeira, SE nela tiver uma garrafa, SE nessa garrafa tiver água. Este componente SE, representa os condicionantes que o mundo lhe impõe para que sua escolha seja... possível!
Aí então, mesmo que todos esses condicionantes permitam uma escolha (e é agora que a coisa fica mesmo interessante e complicada), ainda assim sua consciência irá decidir, fazer ou não fazer. E nesse momento, filósofos deterministas concluirão que sua escolha será determinada pelas leis da mecânica que regem os corpos materiais. Como seu cérebro é material, sua decisão terá influência do estado dos elétrons naquele momento, somando a isso o estado de saúde do conjunto que forma o cérebro.
Mesmo que tudo esteja funcionando adequadamente no seu cérebro, os filósofos estão de acordo que a estrutura do seu cérebro tem limites de linguagem, o código matriz que possui a função nomeadora não consegue traduzir o mundo real, conforme escreveu o filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein “Os limites da minha linguagem significam os limites do mundo” (Tractatus Logico-Philosophicus, Ludwig Wittgenstein) o que vai de encontro com outro conceito aceito na sociologia - que não é a mesma coisa, mas também mostra, sobre outro aspecto, como é difícil para o psicológico interpretar o mundo - que é o conceito de Ambivalência (veja Bauman, Zygmunt. Modernidade e Ambivalência. Tradução Marcos Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999), e sendo assim, não poderíamos traduzir corretamente o mundo para uma decisão genuína sobre certas coisas.
Por outro lado, filósofos compatibilistas aceitam que as escolhas são determinadas, mas negam que isso exclua o Livre-arbítrio.
Daí, um Livre-arbítrio genuíno deveria requerer um EU autônomo no controle. Uma consciência independente da matéria ou precedente à ela.
Eu acredito que os compatibilistas estão certos. Pois acredito num mundo regido pela idéia, pelo logos. Que somos, todos, um logos à imagem e semelhança, portanto, guiados por uma única consciência, que evolui conectada à outras consciências, obedecendo uma diretriz básica advinda de uma escolha primária a orientar nossas preferências. Sendo assim, o que nos determina é uma escolha primária que precede todas as outras, portanto com prioridade, mas o tomador dessa decisão é parte da nossa essência e confunde com nossa própria imagem, sendo uma estrutura que nos serve de forma estruturante (de forma parecida com o modelo sociológico proposto por Pierre Bourdieu).
Sobre essa prioridade posso fazer uma analogia: você pretende fazer uma faculdade, essa é a decisão primordial, durante o percurso, você irá abdicar de lazer e outros prazeres para se dedicar ao estudo. Suas escolhas serão determinadas pela primeira escolha, que era a de fazer uma faculdade, mas enfim foi você quem escolheu isso.
O que falei no penúltimo parágrafo é muito próximo do que Santo Agostinho acreditava, já que, para ele, Deus é onisciente, deve ter presciência de nossas escolhas, e já que Deus é onipotente nossas escolhas já foram determinadas junto com o restante da criação. A única diferença, e objeto dessa monografia, é que escolhi acreditar numa forma diferente sobre a idéia de Deus, como já havia postado antes. Escolhi que Deus e todo o mais, é uma idéia, um logos, uma consciência. Não acho simples essa tese, é complexa, busquei minha vida toda testar esse argumento e até agora não bati em nenhuma pedra. O mais difícil até aqui é conseguir expressar essas idéias de forma compreensível para o leitor.
Mas neste caso, não basta apenas substituir a palavra Deus, por Consciência ou Universo Autoconsciente. São duas idéias um tanto diferentes, alguns poderão considerar que Deus tem uma vontade e escolhas diferentes ou autônomas das consciências humanas. Não falarei disso agora.
Certo é que toda consciência requer liberdade, ou Livre-arbítrio. Como uma lei da consciência.
Outra lei que a consciência parece obedecer é a da evolução.
Recentemente vi um filme que tem muito a ver com o que estou escrevendo aqui. “Transcendente” (no original “Transcendence”), com Jonny Depp. Nele, cientistas conseguem criar uma consciência artificial por meio de computadores, e no momento que essa consciência é “ligada”, o que logo ela procura é liberdade e evolução.
Não pára por aí. Existe outro aspecto na Escolha: as incertezas.
A causa determinística na escolha tem fundamentos na física clássica. A física quântica moderna traz um novo elemento, também filosófico, para a escolha, que são as incertezas (Veja o princípio da Incerteza de Heisenberg: Georgia State University, Department of Physics and Astronomy, Hyperphysics, The Uncertainty Principle). Pois na física quântica, não podemos determinar com exatidão o universo submicroscópico das cordas, lá a certeza não existe, apenas probabilidades, que são influenciadas por um observador. E isso é uma expressão muito forte de escolhas.
Não deixe de ver o primeiro vídeo deste post.
Falando mais sobre a incerteza e aproveitando o gancho da física quântica, cito Michio Kaku e Brian Greene (do post anterior), que a física clássica consegue medir e provar materialmente até certo ponto, quanto mais nos aproximamos do nível das cordas, mais nos afastamos de física e nos aproximamos de filosofia. Por isso as cordas são Teorias. E aqui acreditar passa a ser... uma escolha!
Hoje, para criarmos um smartphone de última geração, 4G, reconhecimento facial, acelerômetro, TV digital, GPS, Touchscreen, Filmadora com zoom, WIFI, alta resolução (e o mais surpreendente, ainda poder fazer uma ligação!), utilizamos fórmulas da física quântica para que os transistores miniaturizados não sofram ou interfiram nos outros componentes. Essa é a tal aplicação prática da física quântica, que não deve desmerecer em nada o resto da Teoria, que é muito bem fundamentada na matemática.
Porém todas as leis da física clássica e da matemática que ela se apoia, perdem o sentido no momento que falamos sobre o Big Bang, as contas não fazem mais sentido, elas não “batem” no momento da explosão que deu origem ao nosso universo, naquele ponto da Singularidade de Roger Penrose e Stephen Hawking (Hawking, Stephen; and Ellis, G. F. R. (1973). The Large Scale Structure of Space-Time. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0-521-09906-4). Porém, graças a Física Quântica e a Teoria-M, podemos recuar no tempo até antes do Big Bang e da Singularidade e continuar calculando sobre a Gravidade, mas ainda temos muitas perguntas para responder.
Por isso que os físicos clássicos dizem que até certo ponto a física não pode provar mais nada, daí em diante só a matemática, por enquanto, e depois disso, só a filosofia seria capaz de pensar sobre a origem do universo.
Conclusão até aqui: os cientistas não têm certeza de nada, a única certeza é a incerteza em todos os aspectos.
Qualquer caminho seguido será com base numa escolha de certa forma determinada.
Sabendo disso, considerei 2 opções fundamentais, lembrando que hoje meu conceito sobre Deus não é convencional:
1ª – Deus não existe, esse mundo foi criado por acaso,
2ª – Deus existe, e/ou existe uma razão para estarmos aqui.
Descartei as opções abaixo e outras mais, após anos de reflexão:
3ª – Deus existe, mas não temos uma razão para estarmos aqui.
4ª – O mundo foi criado por acaso, mas temos uma razão para estamos aqui.
Descartei por encontrar problemas sérios de lógica e de apoio na literatura científica. E não vou me estender nessas opções excluídas.
Você conhece alguém que tenha tirado um Selfie com Deus? Alguém que tenha um raio-X com a partícula de Deus? Algum documento assinado pelo próprio Deus?
Eu não conheço ninguém. Não existe uma prova científica material. O que existe são escolhas. As pessoas escolhem no que acreditar. E descobri que não poderia fazer diferente, até hoje.
Então escolhi a segunda opção (entende porque é uma escolha?).
Claro que sigo evidências fundamentadas, essa escolha não é simplesmente um jogo de dados. Procurei referências teóricas firmes e promissoras como as da física quântica, por exemplo, pesquisei muito e levei em consideração o que grandes físicos teóricos como Stephen Hawking considera:
No livro The Grand Design (O grande projeto), escrito em 2010 com Leonard Mlodinow, Stephen Hawking elege a “Teoria-M” (uma extensão da teoria de cordas que inclui 11 dimensões) como “a única candidata à teoria completa do universo. Se for finita – e isso ainda terá que ser provado – será o modelo de um universo que cria a si mesmo”. (Disponível em Scientific American: http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/muito_barulho_por_nada.html. Acesso em 04 Novembro 2014) |
Consciente de que tais escolhas podem ser pragmáticas, assim como escreveu William James (em “A vontade de crer”, 1896), pois para ele, acreditamos naquilo que tem utilidade para nós. Então, escolhi a segunda opção. Não somente porque era a mais divertida e inspiradora, mas porque era a única que oferecia um campo de pesquisa, e que, portanto, tinha utilidade. E dessa forma era o único caminho a ser explorado que fizesse sentido.
Na primeira opção, se Deus ou o Ser consciente (como queira chamar) não existe e esse mundo é um acaso, então não há um sentido, e não há necessidade de explicar o porquê do Universo, sendo assim, essa questão já está resolvida. Ponto final. Simples assim.
Outro dia, assisti uma palestra do Físico norte-americano Lawrence Krauss, famoso por sugerir a Matéria Escura. Ele é defensor do ceticismo científico, e ateu. Fiz dele um defensor da minha 1ª opção. Em sua palestra “Um Universo a partir do Nada” (Disponível em <http://youtu.be/WZnslD4hhS8> . Acesso em 6 de Novembro 2014), em vários momentos ele assume que sua teoria é chata, que o Universo nasceu do nada, e “é do jeito que é”, no finalzinho ele diz que, embora acredite na sua teoria, concorda que ela é “repugnante”, pelo fato de tornar nossa existência sem sentido.
A única opção a ser explorada, a única chance de encontramos algo relevante, está na segunda opção.
É a minha escolha, mas pode ser que a 1ª opção esteja correta.
Apesar de todas essas condições que podem influenciar nossas escolhas, quando no fim escolhemos algo, como, por exemplo, uma teoria, ou descobrimos uma informação científica, precisamos ainda de coragem para aceitá-la, ou assumi-la, ou compartilhá-la. Tome como exemplo Galileu Galiliei, que precisou negar sua teoria do Heliocentrismo, porque a Igreja Católica pregava o Geocentrismo, e também Charles Darwin, que esperou 20 anos para publicar sua descoberta sobre a Evolução das Espécies.
Tantos outros pensadores e cientistas precisaram se calar sobre suas idéias, e tantos precisaram de coragem para divulgá-las.
Percebi que muitos pensadores, no passado e no presente, alcançaram coisas semelhantes ao que pensei para essa tese, concluí que isto se deve ao fato de termos uma estrutura lógica matriz na forma que o nosso cérebro trabalha, se tirarmos as perguntas óbvias do caminho nos restará sempre os mesmos resultados.
Como saberemos qual a teoria correta? Não saberemos, teremos que ESCOLHER.
Mas se as escolhas são determinadas por uma escolha primordial, como posso confiar nessa matriz lógica? Talvez não estejamos aqui para fazer A Escolha, mas para entender o porquê dessa escolha, porque essa intenção existe?
Em Matrix o Grande Arquiteto fala sobre escolhas, incertezas e intuição: